domingo, 18 de agosto de 2013

Escritos

Eu apaguei a última coisa que tinha escrito. Nem sei se fazia algum sentido. Talvez. Mas não está disponível para ser lido. Quase escorreguei escrevendo algo sobre mim, e antes que fosse tarde, ou melhor, lido, eu apaguei. Mas ficou a dúvida: o que eu faço com isso que eu não escrevi? Eu vou seguindo e deixando pra lá?

Nesse momento, dentro de mim não é um bom lugar para se estar. Se fosse possível, eu faria alguma espécie de troca de corpo, temporariamente, até tudo ficar mais sossegado. Sem eu precisar ficar me pegando e me traindo com essas memórias. Coisa forte essa, pareço estar numa guerra de inconstância.

Ser forte exige tanto. Ser forte dói, caramba. Tenho que ser forte sempre? Não quero. É muita carga. Eu sou só uma pessoa que quer se sentir leve de vez em quando. Eu quero fazer um acordo: tento ser forte às vezes, mas você tem que me prometer, que vez ou outra, eu posso apenas ser humana. Deixa fluir, poxa.

Na vida, há coisas tão bonitas. Então porque raios eu não consigo tocar uma dessas coisas bonitas? Eu devia brigar e exigir isso, porque afinal, eu tenho tanta sensibilidade em mim, que mereço coisas bonitas. O problema de ser sensível é que quando você se arranha dói como navalha e parece não existir outra alma tão sensível quanto a sua. Existe? Será? Você está me lendo? Oi, eu estou aqui!

A noite fica tão pequena quando a possibilidade, tão forte pela manhã, foi ficando pequenina com o passar do dia. A gente espera algo especial, mas só passa e pronto. A noite se exprime tanto que me sinto respirar pela metade. E depois de um dia inteiro de sorriso fingindo, à noite, quando me encontro de verdade, eu me sinto um caco.

Você está bem? / (Você não se importa realmente em saber!). Eu estou. / Que bom. / É. (E você luta em segredo, com cada traço da sua face e com cada movimento dos seus olhos e das suas mãos. A verdade é que, almas de verdade não precisariam fazer a primeira pergunta). / Então tá bom. / Tá. / Tchau. / Tchau.

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