Eu apaguei a última coisa que tinha escrito. Nem sei se fazia algum sentido. Talvez. Mas não está disponível para ser lido. Quase escorreguei escrevendo algo sobre mim, e antes que fosse tarde, ou melhor, lido, eu apaguei. Mas ficou a dúvida: o que eu faço com isso que eu não escrevi? Eu vou seguindo e deixando pra lá?
Nesse momento, dentro de mim não é um bom lugar para se estar. Se fosse possível, eu faria alguma espécie de troca de corpo, temporariamente, até tudo ficar mais sossegado. Sem eu precisar ficar me pegando e me traindo com essas memórias. Coisa forte essa, pareço estar numa guerra de inconstância.
Ser forte exige tanto. Ser forte dói, caramba. Tenho que ser forte sempre? Não quero. É muita carga. Eu sou só uma pessoa que quer se sentir leve de vez em quando. Eu quero fazer um acordo: tento ser forte às vezes, mas você tem que me prometer, que vez ou outra, eu posso apenas ser humana. Deixa fluir, poxa.

A noite fica tão pequena quando a possibilidade, tão forte pela manhã, foi ficando pequenina com o passar do dia. A gente espera algo especial, mas só passa e pronto. A noite se exprime tanto que me sinto respirar pela metade. E depois de um dia inteiro de sorriso fingindo, à noite, quando me encontro de verdade, eu me sinto um caco.
Você está bem? / (Você não se importa realmente em saber!). Eu estou. / Que bom. / É. (E você luta em segredo, com cada traço da sua face e com cada movimento dos seus olhos e das suas mãos. A verdade é que, almas de verdade não precisariam fazer a primeira pergunta). / Então tá bom. / Tá. / Tchau. / Tchau.
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