segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Um dia, talvez.

Eu vou dormir. De manhã, as coisas se prometem novamente. Eu vou acordar com você grudado no meu pé. Os rituais me prometeram isso.

Fingir não se importar pode dar certo. Ou pode te afastar pra sempre daquilo que você mais queria.

Você tenta ser paciente. Conviver com você mesma. Tenta segurar a barra. Mas depois das 10h da noite, meu bem, a angústia te devora sem piedade.

Esta noite faz um silêncio tão desnecessário. Nem o vento, nem as vozes, nem a chuva, nada, só o silêncio. Um silêncio que inquieta, que formiga, exaspera, apavora. Tem sido noites complicadas.

Esperar um dia, talvez, quem sabe. Um coração, tornado frio, amargurado, encontre paz bem longe dessa aspereza, dessa mágoa, dessa tristeza. Tu me tornaste assim, e eu não sei mais me encontrar. Procurei nas imagens, nas memórias, nas palavras. Só sobrou isso de mim. E talvez exista um “talvez”, de um olhar, um toque, que tranquilize e traga a doçura e o amor que eu sabia sentir, meu jeito doce de saber ser. Eu não sei mais.

Eu deixei acreditar. Vou deixar pra lá, apesar da minha dor me sufocar todas as noites. Deus sabe quem eu sou. E talvez ele até tenha algo bom pra mim.

Existe hora exata pra quê? A hora só passa. Ficar esperando não faz acontecer, o passar das horas não faz milagre. Levanta e agüenta. Se você sangrar, seu organismo trata de estancar. Não existe hora exata, nem melhor momento. Toda hora é hora. Se você faz ou não, é uma escolha sua. O tempo só passa. E ele passa tão rápido.

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