quinta-feira, 11 de setembro de 2014

[Autobiografia]


Dessa vez o sonho escapou e só demorou 3 piscadas pra os meus olhos se arregalarem. Foi grito interno pra tudo o quanto era lado. Não demorou nem 3 segundos pra eu largar a ingenuidade e crescer. Meu avô contava histórias de se encher de atenção, minha avó mexia com toda a decoração e eu só tentava imaginar onde morava o tal bicho de sete cabeças. Não era de dar medo, era indagação conotativa de criança. Eu acho que música tem que mexer com a alma. Tem que acelerar e acalmar. E que pra ler tem que viajar. Queria mesmo era ficar acordada, mas ainda que não precisasse dormir, ainda assim queria acordar pela manhã. O que isso tem a ver? Veja bem, eu gosto da manhã e de acordar nela. Eu vejo a alma das coisas e penso em pra quê serve, só não vou contar dos morangos. Eu pulo algumas partes, não porque não me servem, mas porque não as quero. Não tive um cachorro que fosse basicamente meu, mas porque não me ensinaram a usar as mãos e as palavras. Palavras? Sim, eu tenho muitas, só não sabia como usar, ainda sei pouco, mas o que não quero eu vou deixar. E fica aí, não me segue não. Definitivamente, às vezes acho tudo bobagem e às vezes acho tudo válido. No mais, é só! 






[Anne Leal]

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